GRUPO ESPECIAL, GRUPOS DE ACESSO E BLOCOS DA CAPITAL FLUMINENSE

Coluna do Lucas

Lucas Agra



A Difícil Arte de Escolher Um Bom Enredo
por Lucas Agra em 27 de fevereiro de 2014

A escolha de um bom enredo é algo crucial para o sucesso ou não do desfile de uma escola de samba. Mas por mais óbvio que pareça essa observação, ano após ano escolas tropeçam na escolha do tema de seus carnavais e saem em desvantagem em relação a suas rivais.
No carnaval de Niterói, a vice-campeã de 2013, Folia do Viradouro, pode ter escorregado na escolha do tema de seu desfile. Com "A Folia se Encanta Viajando Pelo Mundo", a escola de Santa Rosa terá de encaixar, num mesmo desfile, culturas e universos completamente diferentes e até conflitantes entre si, como Egito, Roma, Las Vegas, Veneza, dentre outras. As chances de tudo ficar desconexo não são pequenas, o que significa que o carnavalesco Paulo César Lima tem muito trabalho pela frente.
Outra que pode ter escorregado na escolha do enredo é a Independente de Boaçu. A escola de São Gonçalo resolveu homenagear a Grande Rio. Particularmente, não tenho absolutamente nada contra a escola de Caxias, mas homenagear uma escola que está em plena construção de sua história e identidade não parece algo muito certeiro. É diferente, por exemplo, de homenagear escolas como Portela, Mangueira, Império Serrano, Beija-Flor, ou até mesmo a vizinha Porto da Pedra, que fez desfiles históricos nos anos 90, e, em minha opinião, conseguiu algo que a Grande Rio, pelo menos por enquanto, não conseguiu: Criar uma personalidade e identidade. A Porto da Pedra faz falta no Grupo Especial do Rio. A Grande Rio ainda busca ser mais do que uma simples "Escola de Samba das Celebridades".
No Rio, as grandes também tropeçam. A própria Porto da Pedra, que citei acima, cometeu um suicídio ao escolher o Iogurte como enredo de seu desfile em 2012. A Escola acabou rebaixada.
Para o carnaval de 2014, a Beija-Flor de Nilópolis talvez tenha tido a escolha mais infeliz. Homenagear uma pessoa que não está no imaginário do grande público é sempre um problema. E é exatamente este o problema que a Escola de Nilópolis vai enfrentar, ao homenagear Boni, o poderoso chefão da Rede Globo até os anos 90.
Para ser mais exato, Boni é um executivo. Por mais importante que tenha sido sua contribuição para a televisão, é questionável sua importância para o "brasileiro" em geral. Mas a comissão de carnaval da Escola certamente já pensou nisso, e o publico do sambódromo vai ser atraído na avenida por personagens e novelas marcantes na história da Rede Globo. Por lá é assim: Laíla faz as besteiras, e os carnavalescos tentam amenizá-la.
Mas será tão complicado escolher um enredo profundo e ao mesmo tempo, fácil de trabalhar?
A Tá Mole Mais é Meu, a Mocidade de Icaraí e a Engenhoca estão aí para provar que não. A primeira escolheu o que, para mim, é o melhor enredo de 2014: “A difícil arte de ser honesto, num Reino não tão distante”. Falar de corrupção no Brasil é sempre fértil. Um enredo que fala de um problema muito sério, mas que abre brechas para o humor e a ironia. A “Tá Mole” tem tudo para sair por cima (no bom sentido).
Já a Mocidade e a Engenhoca escolheram falar da África. Está certo que todo ano, alguma escola escolhe como enredo a África, mas não há problemas com isso. O "Berço da Humanidade" tem uma história tão rica e complexa, que é possível todo ano falar da África sem soar repetitivo ou estereotipado. Fora que estamos lidando com uma cultura que, em muitos aspectos, se mistura com a nossa e é influência inclusive para nosso carnaval.
Muitas vezes a escolha de um enredo passa bem longe dos palpites dos carnavalescos ou da ala de compositores (o samba é outro que sofre com um enredo mal escolhido). É preciso cada vez mais democratizar o ambiente do carnaval. Se uma escola precisa da dedicação de todos para vencer, então que ouça todos na hora de escolher sobre o quê será seu carnaval. A comunidade e as testemunhas oculares dos desfiles certamente agradeceriam.
 


Dança das cadeiras
por Lucas Agra, em 10 de março 

Há muito o amor ao pavilhão é deixado de lado em razão de dinheiro ou holofotes. E assim, Escolas tradicionais que não estão num bom momento sofrem com a debandada de seus integrantes, com as mais variadas desculpas, mas sempre enaltecendo a “aprendizagem” e o “amor” com o qual se empenharam na função.
E basta chegar a quarta-feira de cinzas, para que contratações, demissões e renovações sejam especuladas e logo depois, confirmadas pelas Escolas de Samba.
Talvez a contratação que mais chame atenção até agora é a do Carnavalesco Alexandre Louzada pela Portela. O carnavalesco que desenvolveu (ou tentou desenvolver) o enredo da Mocidade neste ano resolveu não renovar com a Escola de Padre Miguel, e assinou contrato para defender a azul e branca de Madureira em 2014.
Aliás, a Mocidade Independente anda em baixa no “Mercado do Samba”. A Escola, penúltima colocada este ano, também perdeu seu casal de mestre-sala e porta-bandeira, Feliciano e Squel.
A boa notícia é a volta de Rogerinho e Lucinha Nobre, que já desfilaram pela Escola de Padre Miguel, sendo inclusive campeões em 1996, ano do ultimo título da Verde e Branca. Além da contratação de um novo Diretor de Carnaval, Anderson Abreu, que ocupava a função no Salgueiro.
Com o seu Diretor de Carnaval contratado pela Mocidade, a Presidente do Salgueiro, Regina Celi, anunciou no Facebook que o cargoagora ficará nas mãos de Dudu Azevedo.
Na Grande Rio, parece que houve insatisfação com o carnaval deste ano, quando a Escola foi sexta colocada. O carnavalesco Roberto Szaniecki e o Diretor de Carnaval e Harmonia, Tavinho Novello, não tiveram seus contratos renovados. Para seus lugares, a Escola de Caxias contratou o carnavalesco Fábio Ricardo (ex-São Clemente) e Diretor do Carnaval da Tijuca, Ricardo Fernandes.
Na São Clemente, houve o anunciou da renovação do contrato de seu intérprete oficial, Igor Sorriso. E há boatos de que Paulo Menezes, carnavalesco da Portela este ano, possa assumir o carnaval da Escola de Botafogo.
A campeã Vila-Isabel, por enquanto, anunciou apenas a contratação de Tavinho Novello (dispensado na Grande Rio), para assumir o cargo de gestor da Quadra da Escola.
Beija-Flor e Unidos da Tijuca ainda não divulgarão contratações, renovações ou demissões.
A Imperatriz, que este ano conquistou sua melhor colocação dos últimos oito anos, um honroso 4º lugar, renovou o contrato do carnavalesco Cahê Rodrigues.
Já na Mangueira, o ambiente é incerto devido às próximas eleições. Porém, numa entrevista do carnavalesco Max Lopes para o site SRZD, o mesmo afirmou que já tem um carnaval pronto para a Mangueira. Um enredo lindo e que já conta com um patrocínio. Ainda segundo Lopes, tudo depende apenas da Escola. Apesar de Max ser hors concoursno Carnaval Carioca, suas palavras não caíram bem no Mundo do samba, haja vista que a situação de Cid Carvalho, que foi o carnavalesco deste ano na verde e rosa, ainda não foi decidida.
E na Império da Tijuca, campeã da Série A este ano, foi anunciado um novo diretor de harmonia, Luiz Carlos Amâncio, que já exerceu essa mesma função na Escola em 2006 e 2007.
E o quê dizer a respeito de tanta “movimentação” entre um barracão e outro? Bem, acho que um samba lá do longínquo ano de 1990 diz exatamente o que penso sobre o assunto:

São Clemente – E o Samba Sambou...
(Helinho 107/Mais Velho/Nino/Chocolate)

Vejam só
O jeito que o samba ficou (e sambou)
Nosso povão ficou fora da jogada
Nem lugar na arquibancada
Ele tem mais pra ficar
Abram espaço nesta pista
E por favor não insistam
Em saber quem vem aí
O mestre-sala foi parar em outra escola
Carregado por cartolas
Do poder de quem dá mais
E o puxador vendeu seu passe novamente
Quem diria, minha gente
Vejam o que o dinheiro faz
É fantástico
Virou Hollywood isso aqui (isso aqui)
Luzes, câmeras e som (bis)
Mil artistas na Sapucaí
Mas o show tem que continuar
E muita gente ainda pode faturar
"Rambo-sitores", mente artificial
Hoje o samba é dirigido com sabor comercial
Carnavalescos e destaques vaidosos
Dirigentes poderosos criam tanta confusão
E o samba vai perdendo a tradição (bis)
Que saudade
Da Praça Onze e dos grandes carnavais
Antigo reduto de bambas (bis)
Onde todos curtiram o verdadeiro samba


Petróleo dá carnaval?
por Lucas Agra, em 03 de janeiro 

Faltando 7 dias para o início do Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, é com grande apreensão e curiosidade que aguardo o desfile da Acadêmicos do Grande Rio. O Motivo? O enredo escolhido pela escola de Caxias.
Ano passado houve grande discussão em relação ao enredo patrocinado da Porto da Pedra, que basicamente falava do Iogurte. O colunista do “O Globo”, Artur Xexéo, chegou a escrever um artigo atacando a escolha do enredo, com o título “Iogurte dá samba?”, e acabou gerando muita polêmica na época. Fato é que a escola de São Gonçalo, depois de onze anos no Grupo Especial, foi rebaixada.
O Enredo da Grande Rio, a principio, é menos “arriscado”. Com o título “Amo o Rio e vou à Luta: Ouro Negro sem disputa... Contra a injustiça em defesa do Rio”, a Escola levanta uma bandeira política que foi debate por todo o ano passado e continua vivo: A divisão dos Royalties de Petróleo.
O tal projeto polêmico do deputado Wellington Dias (PT-PI), era de distribuir para todos os Estados os Royalties que, até então, eram repassados apenas para os Estados produtores, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.
Óbvio que o projeto causou grande rebuliço e foi duramente atacado pelo Governador do RJ, Sérgio Cabral, que lançou fortes campanhas para mobilizar publico e mídia contra o projeto.
No final do ano passado, a Presidente Dilma Rousseff sancionou o projeto, mas sem alterar os contratos vigentes. Ou seja, Rio de Janeiro e Espírito Santo não terão de dividir os Royalties do que já está sendo explorado. Mas em contratos futuros, aí sim ocorrera uma divisão nacional dos royalties. E com a obrigatoriedade de que, pelo menos 50% desses recursos sejam investidos em educação.
Apesar de o projeto já ter sido aprovado pela Presidente com a tentativa de minimizar as perdas do Rio de Janeiro, o enredo da Grande Rio, com ajuda do Governo do Estado, irá levar para a avenida um grande manifesto em defesa dos Royalties do Rio de Janeiro. Porém o enredo apresenta falhas graves que, ao invés de ajudar o Rio nessa batalha, pode vir a atrapalhar.
A primeira questão é a incoerência da Escola, já que a mesma, em duas oportunidades (2006 e 2008) levou como enredo para a Avenida a Amazônia, em abordagens diferentes, mas focando, em ambos os desfiles, na preservação e sustentabilidade. Em 2008 isso ficou mais evidente, com o enredo defendendo o Gás Natural como uma alternativa de energia limpa, que não degrada o meio ambiente.
Mas apenas cinco anos depois, a Escola trará para a Avenida o Petróleo e sua exploração, principais responsáveis pelo aquecimento Global. Sendo o agravamento do efeito estufa um dos temas mais discutidos dos últimos anos, fica difícil carnavalizar uma fonte de energia “suja”.
Uma outra falha no enredo da Grande Rio é sua ingenuidade.
Em dado momento de sua sinopse do carnaval de 2013, assinado por Roberto Szaniechi, a Grande Rio fala dos “benefícios” trazidos pelos Royalties de petróleo: “Estendendo estes benefícios ao crescimento urbano dos municípios, as melhorias se fazem notórias na educação, saúde, reorganização e expansão geográfica dos espaços, aglutinando a população e aos que lá chegam proporcionando mais conforto local em um todo”.
Mas não é isso que a edição da Veja de 22 de agosto de 2012 revela. Na reportagem, a revista mostra dados das cidades que mais ganharam dinheiro com o petróleo, como é o caso de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A cidade, por exemplo, num ranking divulgado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que avalia aqualidade da educação e saúde pública dos municípios brasileiros, despencou 1.000 posições, entre 1996 e 2005, e hoje ocupa a posição 2946º.
A reportagem cita outros exemplos, como Macaé, onde dobrou o nº de pessoas residentes em favelas e o índice de homicídios chegou a 51 por 100.000 habitantes, superando os índices de violência da cidade do Rio de Janeiro.
Ainda na sinopse, no setor 6 do desfile da Grande Rio, a escola vai tratar de meio ambiente, e de como é possível explorar petróleo sem destruí-lo. Mas será que é possível unir petróleo e sustentabilidade num mesmo desfile, e, pior ainda, num mesmo setor do desfile?
Os enredos patrocinados, todos os anos, provocam esse tipo de situação. A Escola se apertando para tentar carnavalizar um tema que, para muitos, não dá carnaval. Está certo que, como divulguei no artigo passado, o carnaval está sofrendo uma crise e as Escolas precisam encontrarmaneiras de realizarem seus desfiles, mas mesmo assim, é preciso cuidado nas escolhas dos enredos patrocinados. A Porto da Pedra que o diga.
Apesar de todos os argumentos citados nos levarem a crer num desfile catastrófico, não podemos subestimar a capacidade do carnavalesco Roberto Szaniechi e da Grande Rio. Afinal, a resposta para a pergunta: “Petróleo dá carnaval?” só saberemos no dia 11 de fevereiro, a partir da 00h15min. Até lá, nos resta aguardar e torcer para que a escola de Duque de Caxias consiga fazer um desfile a altura do que a Escola vem fazendo nos últimos anos.


E o samba sambou...

por Lucas Agra, em 23 de janeiro 

Ok. O Carnaval só começa dia 08 de fevereiro, e até lá, muita água vai rolar. Mas a verdade é que, com a tradição e importância do Carnaval no Brasil, aliados a uma crescente na nossa economia e a agenda de grandes eventos (Copa e Olimpíada) no nosso País, é surpreendente as noticias de que as Escolas de Samba do Rio de Janeiro estão com seus trabalhos atrasados devido à falta de verbas. E Mocidade Independente,  Portela e Mangueira, três das mais tradicionais agremiações do Brasil, correm séria ameaça de desfilarem sem estarem devidamente aprontados.


O natural é pensarmos que a atual gestão (do Prefeito Eduardo Paes), é responsável por esse verdadeiro descaso com um patrimônio cultural imensurável, que é o Carnaval Carioca.  Ainda mais que, nos últimos anos, principalmente na gestão César Maia, vimos o carnaval carioca chegar a dimensões antes inimagináveis, principalmente com a construção da Cidade do Samba, uma casa permanente, substituindo os antigos barracões. Talvez naquele momento, as Escolas tenham tido a doce ilusão de que o pior já havia passado, e o futuro só lhes reservava grandes desfiles e holofotes. “Sonhar não custa nada”, já dizia a agora atolada em dívidas Mocidade Independente.


Em Niterói, Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba também estão sofrendo com o descaso da prefeitura. O atual Prefeito Rodrigo Neves, em campanha no ano passado, afirmou em reunião com a Uesbcn (União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói) e representantes de agremiações filiadas, que caso fosse eleito, no Carnaval de 2013, iria pelo menos manter o orçamento destinado aos desfiles em 2012. Porém em janeiro, faltando menos de um mês para o carnaval, as verbas ainda não haviam sido repassadas. Até que no dia 14, Neves garantiu o repasse das verbas, mas com um corte de 40% em relação a 2012, quebrando assim sua promessa de campanha.

Mas infelizmente, a crise do carnaval vai muito além de terras cariocas e fluminenses, e chega a extremos, como o cancelamento das festividades.


Nesta semana, por exemplo, as prefeituras de São Luís, Petrópolis e Florianópolis anunciaram o cancelamento do carnaval deste ano. O argumento utilizado para justificar o cancelamento da folia não surpreende muito, principalmente vindo de um País como o Brasil: ”As gestões anteriores deixaram muitas dividas e não reservaram verbas para as festividades”.


Outras Prefeituras, como as de Diamantina, Ilhéus e Porto Velho, foram menos radicais que as anteriores. Bem, pelo menos por enquanto. Elas anunciaram o “adiamento” do carnaval. O Prefeito de Ilhéus foi além: quer transferir o carnaval para a Semana Santa!


A ideia, é a de que todos os recursos que antes seriam destinados a realização do carnaval, agora serão destinados a saúde e educação. Não está em discussão o que é mais importante para um Município. Óbvio que saúde e educação devem ser prioridades em qualquer cidade do País. A questão é a incompetência dos nossos administradores, que além de não conseguirem solucionar velhos problemas, criam novos!


A Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio), por exemplo, divulgou que o Carnaval Carioca deste ano deve atrair para o Rio de Janeiro cerca de U$ 665,00 Milhões. Isso é o equivalente à R$ 1,300 Bilhão de reais.


As cidades que cancelaram as festividades não divulgaram quais valores seriam arrecadados caso o carnaval fosse mantido, mas certamente seria um bom montante, que geraria, além de empregos, a tão necessitada verba para saúde e/ou educação.


Se para realizar um carnaval, é necessário esvaziar os bolsos, ao fim da folia, todos saem no lucro: A cidade, que manteve uma tradição secular no nosso País, nosso povo sofrido que, ao menos uma vez ao ano, pôde sorrir, e os cofres públicos, que engordaram seus rendimentos com a vinda de turistas e o aumento no consumo dos principais serviços da cidade.


A visão de que Carnaval é apenas o “circo” do já batido “pão e circo”, é extremamente retrógrada e desinformada. Nossa tradição não pode ser enterrada devido a maus administradores e suas “heranças”, e sim anunciada aos quatro ventos, como o milagre que irá salvar os balanços dos Municípios.


Tanto discurso em defesa dos Royalties de Petróleo, mas já parou para pensar em quanto R$ 1 Bilhão faria falta à Cidade do Rio? E os 30 mil turistas esperados para o carnaval de Diamantina? Ficarão à mingua?


Desde já lamento em relação à Jorge Melodia, Noronha, Marcos Zero e César Ouro, compositores do samba-enredo da São Clemente de 2004, mas não, nem o carnaval no Brasil é levado a sério. Nem o carnaval.
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Lucas Agra é estudante de Comunicação Social e integrante da equipe de cobertura de carnaval da Cadência

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