GRUPO ESPECIAL, GRUPOS DE ACESSO E BLOCOS DA CAPITAL FLUMINENSE

Vira o jogo Viradouro

A Viradouro começou na última quinta-feira a arquitetar sua volta ao Grupo Especial. O dia festivo que tomou conta de Niterói por conta das homenagens a São João, seu padroeiro, invadiram a quadra da escola no Barreto. Além das comemorações pela passagem do seu 64º aniversário a escola celebrou o início de uma nova fase em sua história, com a posse do novo presidente: Gusttavo Clarão e do vice Rildo Seixas(foto). Compositor campeoníssimo de sambas enredo, Clarão terá agora a missão de reerguer a escola, recém rebaixada ao grupo de acesso.

O clima festivo que tomou conta da quadra, deu uma pausa para a emoção quando a ex-primeira dama da Viradouro, Talita Monassa(foto) relembrou os grandes momentos da escola, época em que a escola era comandada por seu marido, José Carlos Monassa. Emocionado, o presidente Gustavo, em seu discurso prometeu levar a escola de volta ao grupo especial, lembrando a letra do samba que compôs para o carnaval de 2007 da escola: “Esse jogo vai virar!”.

Para ajudá-lo neste processo, Gusttavo contará como uma equipe vitoriosa. Alguns nomes foram apresentados durante o evento. O Carnavalesco Jack Vasconcelos, responsável em levar a União de Ilha do Governador de volta ao grupo especial, o coreografo da comissão de frente Fábio de Mello(foto), vencedor de seis estandartes de ouro e Mestre Pablo, que comandará a bateria. A porta bandeira Ana Paula, que em 2011 dançará com o mestre sala Robson Sensação, declarou amor à escola e disse que a queda da Viradouro para o grupo de acesso, não a abalou e que o próximo carnaval será de muita alegria.



No final do evento Gusttavo e a Velha Guarda cantaram o “parabéns pra você”, acompanhados por todos os presentes.

Lins 2011: Chico Mendes, o arauto da natureza

“Eu sou a única esperança
Que todos querem se apossar
Oh! Virgem mata comandando o ar,
Tua matança nos matará”.
(Leila e Edu)

Amazônia de um verde encantador...
Terra tão rica, um verdadeiro festival de cor.
Amazônia de Flora e Fauna sem igual.
Amazônia da variedade de riquezas minerais
Amazônia das lendas, do folclore e da biodiversidade.
Pulmão do mundo, cobiçada e desrespeitada por oportunistas que querem ganhar com sua destruição.
Amazônia das queimadas, da caça predatória, do contrabando de animais, das derrubadas de árvores que aos poucos transformam o verde da mata.

Amazônia de Chico “O grande mensageiro em defesa da natureza”
Chico que deu sua vida para não deixar que essa riqueza fosse destruída.
Ele que colocou seu nome na história por uma grande causa. “Chico Mendes o Arauto da Natureza”.

“A força de uma luta depende da causa a ser defendida. Chico escolheu a preservação de nossas florestas e por ela entregou sua vida. Fez brotar no coração de todos nós o dever de salvar a natureza.
E enquanto houver pessoas para destruir, mais um seguidor de Chico nascerá para preservar. “Pois Chico vive no coração de quem deseja deixar para o futuro esse manancial de riquezas.”

Ronaldo Abrahão
Diretor de Carnaval

Curicica define enredo

Eu sou o samba, a voz de um povo brasileiro!
Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei do terreiro
Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros

Salve o samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Salve o samba, queremos samba
Essa melodia de um Brasil feliz.” (
Zé Kéti)

1º Setor: A voz do morro sou eu mesmo sim senhor.
Eu sou o samba, muito prazer, filho da mãe África e irmão dos escravos, sou hoje um dos maiores embaixadores do Brasil pelo mundo a fora. Minhas raízes são africanas sim, e dizem que nasci de um ritmo religioso chamado “Semba” que quer dizer umbigada, devido à forma como era dançada.
Vim com os negros bantos de navio para o Brasil, desembarquei na Bahia e muitas vezes consegui calar o lamento dos meus irmãos, e eu ainda era uma criança! Mas fui me identificando muito com esse povo brasileiro. Cresci, me transformei em símbolo de identidade nacional, e hoje sou considerado um dos maiores produtos da cultura brasileira.
Dentre as minhas características originais, está aquela onde a dança é acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, e no Recôncavo Baiano sempre fui chamado de “samba de roda”.
Na segunda metade do século XIX, vim para a cidade do Rio de Janeiro trazido pelos negros que migraram da Bahia e se instalaram na então capital do Império, com isso fui me adaptando ao swing e ao carisma do carioca, e acabei me apaixonando por essa cidade tão maravilhosa.
Comecei a me apresentar sob a forma de diversos ritmos e danças populares em todo o país, em cada cidade uma forma, mas foi aqui no Rio de Janeiro que ganhei maior expressão musical urbana.
Mas o que mais importa mesmo é que hoje me sinto o mais brasileiro dos brasileiros, e modéstia a parte, para não gostar de mim, deve ser “ ruim da cabeça ou doente do pé”.

2º Setor – Quero mostrar ao mundo que tenho valor.
É... Mas nem tudo são flores, durante muito tempo o preconceito contra mim era muito grande, e quem insistisse, mesmo que escondido em divulgar a minha arte, corria um sério risco de ir batucar ou sambar atrás das grades. E isso simplesmente por eu ser ligado à cultura negra, que era muito mal vista na época.
Negro, forte, destemido.Foi duramente perseguido,Na esquina, no botequim, no terreiro.

Resisti, e em 1917, Donga me tornou mais popular ainda, fui gravado em disco, que orgulho! Sob o título de “Pelo Telefone”, que na verdade era uma criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de tia Ciata, (baiana que me trouxe na bagagem em sua vinda aqui para o Rio de Janeiro). Partideira reconhecida que cantava com autoridade respondendo aos refrões nas festas que se arrastavam por dias. Tia Ciata cuidava para que a comida estivesse sempre quente e saborosa e que a cantoria nunca parasse.
A partir daquele momento comecei a passear por todo o país, e fui muito bem recebido em todos os lugares onde cheguei. Inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo lugar próprio no mercado musical. Com isso surgiram vários compositores, que me tornaram ainda mais popular e querido por uma grande parte da sociedade.
Comecei a ganhar contornos modernos somente no final da década de 1920, a partir das inovações de um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz, e dos morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos.
Fui conquistando o mundo principalmente na voz da pequena notável “Carmem Miranda”. E a partir dessa época, surgiriam grandes nomes do samba, entre eles Ismael Silva, Cartola, Ari Barroso, Noel Rosa, Ataulfo Alves, Wilson Batista, Geraldo Pereira, Zé Kéti, Nelson Cavaquinho, entre muitos outros.
A medida que me consolidava como uma expressão urbana e moderna, passei a ser tocado nas rádios, me espalhando pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro, conquistando até o público de classe média também.
“Inocente, pé-no-chão,A fidalguia do salão,Te abraçou, te envolveu”.
Modéstia a parte, foi através de mim que outras formas musicais ganharam denominações próprias, como o samba de gafieira, o samba-enredo, o samba de breque, o samba-canção, o samba-rock, a bossa nova, o partido alto, o pagode, entre outros.

3º Setor – Sou eu quem levo a alegria para milhões de corações brasileiros.
Nessa longa trajetória é que pude perceber que talvez tenha sido essa minha forma de me expressar, sempre simpático, bem humorado e com uma malandragem peculiar do carioca que me fez ganhar fama por aqui, e indepedente de modismos.
Nas chamadas “Rodas de Samba” é que me sinto muito bem, pois ali ninguém precisa de grandes desprendimentos financeiros, e o único compromisso é se divertir, pois as pessoas cantam e dançam durante horas em torno de uma mesa regada a muita cerveja. Não há estresse que resista!
Sou hoje tão importante que no dia 02 de dezembro comemoram o meu dia. E atualmente duas cidades, Salvador e Rio de Janeiro, me prestam homenagem de forma muito animada.
Sob a batuta do músico Edil Pacheco, Salvador sempre tem promovido grandes shows no pelourinho. Já no Rio de Janeiro a divertidissima festa fica por conta do Pagode do Trem. Idealizada e comandada pelo compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz. Quando sambistas se reúnem lá na Central do Brasil, lotam um trem inteirinho e vão tocando e cantando até o bairro de Oswaldo Cruz, onde lá formam-se várias rodas para me homenagear. Os vagões vão sempre lotados e em cada vagão vai um grupo que agita a cantoria, incluindo grupos com sambistas famosos ou locais.
Graças à paixão de grandes nomes consagrados e também do gosto popular pela “minha pessoa”, é que fui eleito oficialmente “Patrimônio Cultural do Brasil”. Agora sim, sei que agonizei durante um período, mas tenho hoje a certeza de que não morrerei jamais. E isso é mais um grande motivo para comemorarmos!
E como jamais eu poderia ficar de fora, faço parte também de uma das comemorações mais populares e representativas do mundo, “o carnaval”, onde sou a trilha sonora de um delírio que desfila na avenida encantando o público com formas, cores e muita euforia. Momento em que os foliões vestem e desfilam a arte desenvolvida pelos artistas que constroem esta grande festa.
“Meu Deus vem olharVem ver de perto umacidade a cantara evolução da liberdade.”
Hoje para minha grande felicidade me sinto muito orgulhoso por minha história ser contada e cantada na Avenida pela União do Parque Curicica, que de certa forma presta também uma grande homenagem a todas as escolas de samba que há tempos vem ajudando de forma grandiosa a consolidar meu nome no Brasil e no mundo!

Carnavalesco: Amauri Santos

Sossego leva o Rei Sol para a avenida

Sinopse

... E escuridão descia à face do abismo, quando o Deus eterno, que pairava ao semblante do nada determinou: Exista luz! E houve luz. A luz era boa, sagrada e divina; e então separou a luz da escuridão. Fez-se o dia, se fez a noite. Do início celestial a sua majestade, o Rei Sol, acabara de nascer! A partir de então uma corte sideral se fez. Nos confins do Universo, no sistema solar, nasceram as estrelas na expansão dos céus, para iluminar a terra e acompanhar, como guardiãs, o grande rei, nasceram os planetas para compor o clero divino do sistema solar, vieram os transnetunianos, como sacerdotes do paço imperial, as luas como condessas da noite e os asteróides como monarcas. Estava formada a realeza... A nobre corte no espaço negro e obscuro.

O Rei Sol, senhor de horizontes infinitos desceu místico para a Terra e encarnou-se à semelhança do homem como Deus e correu o mundo com diferentes nomes... Condecorado astro Rei, adorado, aclamado, o Senhor respeitado por quase todas as civilizações da antiguidade, cultuado nos quatro cantos do mundo, como o rei da vida. Quando o Sol encarnou na Grécia, Olimpo, morada dos mais belos deuses, se chamou Hélios que vagava nos céus em sua biga de fogo com cavalos sagrados. No império romano, o Sol encarnou como o Deus Febo, filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz e era a mais bela divindade de Roma... Nas Cordilheiras dos Andes (montes Andinos), renasceu como Viracocha, divindade invisível, considerado como o esplendor original, o Senhor do Sol, Mestre do Mundo, sendo o primeiro Deus dos antigos Incas. Nas terras negras, nome do antigo Egito, o Sol, assume a divindade da natureza humana em um Deus zoomórfico chamado Rá, o principal ídolo da mitologia egípcia, um ser com cabeça de falcão conhecido como o deus do sol.

Sua majestade, o Sol, soberano e absoluto Rei celestial depois de descer à Terra e encarnar como Deus, se casa com a mãe Natureza e toma para si os ciclos naturais que governam a existência na Terra. Do casamento do Sol com a Natureza nascem quatro irmãos, que se tornam antigos espíritos do mundo. Dois deles se chamam Equinócios e governam o Outono e a Primavera, os outros dois se chamam Solstícios e imperam no inverno e no verão. Juntos determinam a roda do ano no calendário do sol. A vida humana passa então a girar em torno do grande rei que dá de presente para cada um de seus filhos uma Estação e se inicia a eterna dança entre as sementes do Outono e as flores da Primavera, o frio do Inverno e o calor do Verão...

O rei Sol existe há milênios. Nasceu da escuridão celeste, desceu à Terra como Deus, casou-se com a Natureza, concebeu filhos, (as Estações do ano) e hoje, na modernidade, é o grande Rei da alegria e tem adoradores por todo lugar. Na praia Ele é festejado e louvado, os guarda-sóis são templos, e os praieiros os seus seguidores. Nas micaretas e nos lindos blocos de rua do Rio de Janeiro, Ele é cantado e dançado, os abadás são a indumentária sagrada, a coreografia o rito santificado e a música o louvor. Todos saem na rua com a alegria do Sol. Os turistas que correm o mundo em busca do Sol, por fim, ressurgem como peregrinos em uma jornada de devotos em busca da alegria. Seus chapéus, roupas floridas e suas máquinas fotográficas, a exemplo, são ornamentos sacros. Tudo isso para reverenciar o grande Rei; a alegria.

O Sol nasceu para emanar luz aos quatro cantos do mundo e exterminar a escuridão da alma humana. Ele apaixona todo espírito quando desce ao entardecer em poente e renova toda esperança quando volta nascente no horizonte.

Salve o Sol! Sua majestade, o Rei Sol

Designer de Carnaval Fabianno Santana.
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